domingo, 23 de janeiro de 2011

REQUISITOS DE UMA BOA IMAGEM



Boa Imagem
 




Pontualidade
 
Em todos os manuais de protocolo considera-se que o primeiro requisito de uma boa imagem é a PONTUALIDADE. Como dizia Luís XVIII “a pontualidade é a cortesia dos reis e o dever de todas as pessoas de bem”.
Ninguém gosta de esperar muito tempo pelos outros. Se alguém se atrasa, sem ser por uma razão de força maior (a desculpa do trânsito, mesmo quando verdadeira, é sempre uma desculpa esfarrapada), está a mostrar falta de consideração por quem espera. Nas empresas, os atrasos nas chegadas são penalizados pelo relógio de ponto. Na escola, quem chega atrasado tem falta. Mas apesar de todo este longo processo de aprendizagem, há quem continue a chegar atrasado a todos os compromissos sociais e profissionais.
Em negociações internacionais o conceito de pontualidade varia, no Brasil e América Latina aceita-se algum atraso, o que já não acontece na Alemanha ou Suíça onde a pontualidade é rigorosa. Em qualquer caso, nos compromissos profissionais, um atraso pode comprometer o negócio e, quem quer dar boa imagem de si próprio, deve procurar ser pontual. Por isso, se tiver medo de ficar preso no meio do trânsito, é preferível chegar adiantado e esperar pelos outros do que fazê-los esperar por si.
Se a reunião se atrasar, quem ficou à espera pode ficar irritado e começará o contacto na defensiva ou mesmo com espírito de não cooperação. A pontualidade dever ser a norma nos compromissos profissionais e deve ser cumprida, sobretudo tratando-se de reuniões como muitos participantes, até para evitar que quem preside aos trabalhos tenha de fazer um breve sumário do que já foi discutido cada vez que chega um retardatário, o que irrita os participantes que chegaram a horas.
Mesmo em ocasiões sociais, há regras quanto à pontualidade. Por exemplo, ninguém deve chegar depois do convidado de honra.
É por isso fundamental, sobretudo para quem inicia a sua carreira, chegar a horas a todos os compromissos. Claro que não deve nunca chamar a atenção para o facto de ser o primeiro a chegar à empresa e o último a sair. Os seus superiores hierárquicos podem apreciar o seu zelo, mas não apreciam, com certeza, a subtil chamada de atenção para o facto de chegar antes deles.



Bem educado

Ser BEM EDUCADO E POSITIVO é outro requisito importante de uma boa imagem. Toda a gente reage melhor a uma crítica que começa com um elogio e que é feita de forma cordata (ou sensata, prudente) e positiva. “Se fizesse isso desta maneira ganhava tempo e cansava-se menos” é uma maneira positiva de dizer que a pessoa está a usar um método errado para desempenar determinada tarefa. Se, pelo contrário, disser “Levou três horas a fazer o que qualquer pessoa faria numa hora se agisse da seguinte maneira” está a passar um certificado de incompetência a um colaborador que poderá ser forçado a concordar consigo na altura mas ficará magoado (sobretudo se o reparo tiver sido feito em frente de outras pessoas).
Há maneiras de dar ordens que facilitam o seu cumprimento. O uso do condicional, por exemplo, ou de um sorriso a acompanhar a frase, não são sinais de fraqueza, mas de consideração pelos outros.


DEMONSTRAR CONSIDERAÇÃO PELOS OUTROS deve ser a preocupação de quem pretende criar uma boa relação interpessoal entre todos os elementos do grupo empresarial.
Das pessoas com que temos de lidar no dia-a-dia, umas podem ser mais simpáticas do que as outras, mas todas nos devem merecer a mesmo consideração se queremos obter a sua colaboração emprenhada.
Quando comecei a trabalhar, há mais de 20 anos, na filial de uma multinacional, tive de abrir conta num banco estrangeiro para onde era transferido o meu ordenado. Espantada com as atenções que me eram dispensadas apesar do meu reduzido extracto mensal, e habituada ao tratamento impessoal que sempre me fora dispensado no banco nacional onde abrira conta nos meus tempos de estudante, foi-me explicado pelo gerente que tratavam daquela forma todos os clientes, porque “nunca se sabe quais os que um dia serão milionários…” Escusado será dizer que, apesar de não ser milionária, continuo a ter conta nesse banco. Mesmo quando, num período complicado, houve campanhas negativas que levaram muitos clientes para outras paragens, eu mantive-me firme.
Por outro lado ter consideração pelos outros implica que se seja discreto. Nada pode prejudicar mais uma carreira do que uma indiscrição.
Ainda que seja para demonstrar que se está dentro de todos os assuntos da empresa, não se deve nunca quebrar o sigilo profissional, mesmo junto dos seus amigos mais íntimos. Nunca se deve revelar nada sobre a empresa ou sobre os seus colaboradores que possa causar prejuízo se aparecer nos jormais do dia seguinte. Mesmo que não esteja nenhum jornalista, ninguém garante que a pessoa com quem se está a falar não vai transmitir aquilo que ouviu de forma deturpada a alguém da concorrência com bons contactos junto da comunicação social.
Por outro lado, deve-se procurar não chamar demasiado a atenção para o que se faz nem para a sua importância profissional. Seja a falar, seja a vestir, seja a lidar com as outras pessoas, o comportamento deve ser irrepreensível mas discreto.


A IMAGEM PESSOAL resulta do conjunto formado pela aparência física, pela linguagem não verbal e pela maneira de vestir. A imagem é o que nos distingue dos outros e, por isso, devemos melhorar todos os aspectos que possam contribuir para a sua melhoria.
A maneira como uma pessoa se veste contribui de maneira decisiva para melhorar ou degradar a imagem. Não apenas pelas mensagens subtis que transmite para determinadas pessoas mais atentas (uma gravata de marca, um fato com a cor da moda) mas também pela mensagem óbvia e que todos decifram: se é ou não uma pessoa desmazelada.
Quando se inicia uma carreira profissional, pode não haver dinheiro para comprar fatos caros de com porte. Mas, se o casaco estiver limpo e a camisa passada a ferro, se os sapatos estiverem engraxados e as calças (ou saias) não tiverem nódoas, terá um ar cuidado e impressionará bem toda a gente com quem contactar.
Claro que não se usa a mesma roupa para trabalhar num ministério ou para trabalhar numa empresa menos formal. Recordo-me de um membro do governo em início de funções que se apresentou para receber o Primeiro-Ministro, em determinada cerimónia, com um casaco de quadrados verdes e amarelos e com calças verdes. Um dos “seguranças” perguntou-me: “Aquele ‘caramelo’ que está a falar com o PM é para afastar ou deixamos ficar?”
Há trajes apropriados para cada ocasião: trajes formais ou informais. A regra essencial é que cada um se sinta bem com o que veste – ninguém pode sentir-se bem se comparecer de Jeans e camisola num jantar onde todos os outros convivas estão de smoking.

Para ocasiões especiais é importante informar-se de antemão qual o traje apropriado. Mas, no dia-a-dia, também convém observar a maneira como se vestem as outras pessoas do seu emprego, para não destoar excessivamente delas.
Um amigo meu foi transferido para a sucursal de Londres do banco em que trabalhava. Fez um guarda-roupa novo e apresentou-se no primeiro dia com um magnifico blazer de corte impecável- Mas perceber que fizera um erro quando o porteiro do banco o receber com um irónico “Good Morning, sir! Going to the counstry today are you?” É que em certos meios britânicos, os blazers continuam a ser considerados trajes informais (o chamado smart casual) mesmo que tenha etiqueta de Savile Row…
Para que uma mensagem seja bem recebida deve procurar FALAR E ESCRECER BEM. “Se voltasse à Universidade, concentraria os meus esforços em duas áreas: escrever bem e aprender a falar em público. Nada na vida é mais importante do que saber comunicar eficazmente” disse um dia o presidente norte-americano Geral Ford.
Um erro de ortografia pode deitar por terra todo o esforço de construção de uma frase. Muitos erros podem destruir a imagem que se quer projectar. Toda a gente aceita gralhas, mas ninguém tem tempo, nem paciência, para reler uma ou várias frases numa carta comercial. Se não fizer sentido por estar mal escrita, a sua mensagem perde-se.
Deve procurar simplificar as frases para que a sua mensagem seja ainda mais clara. Escrever bem não é abusar dos adjectivos nem dos advérbios. Se aquilo que escrever em duas páginas puder ser sintetizado em duas frases, faça-o. Deve procurar evitar linguagem rebuscada, seja a escrever ou a falar.

Se tiver de falar em público prepare uns tópicos e procure ser claro e breve. Falar bem, com voz agradável e demonstrando não só conhecimentos mas também educação, é importante para projectar uma boa imagem. Não precisa ser um grande orador ou tribuno para fazer uma boa intervenção, mas precisa de articular bem as frases, de falar pausadamente e de saber ouvir o seu interlocutor para que a comunicação se estabeleça com sucesso.

Há quem diga que o sucesso anda aliado ao uso de três simples expressões: SE FAZ FAVOR; OBRIGADO E DESCULPE.

Com efeito, pedindo “POR FAVOR”, consegue-se regra geral uma cooperação maior por parte dos colaboradores do que dando ordens ou dizendo “faça isto”. Mas convém não exagerar nesse pedido, que pode ser substituído muitas vezes por uma frase interrogativa: “Acha que pode fazer isto já?”
Quanto ao “OBRIGADO” (ou obrigada, no caso de ser mulher), é evidente que o seu uso não significa o seu reconhecimento no momento, representa também um investimento no futuro. Quando voltar a pedir-lhes uma coisa, eles não se esquecerão que os seus serviços foram sempre reconhecidos e agradecidos. Em todo o caso, tudo isto deve ser feito com conta, peso e medida. Não vale a pena desfazer-se em “obrigadíssimos” e outros agradecimentos superlativos só porque a sua secretária lhe trouxe um copo de água… As fórmulas de agradecimento devem ser doseadas, para não parecerem ocas ou disparatadas. E, depois como diz o povo, “ quando a esmola é muita, o pobre desconfia”…
Por último, se souber pedir DESCULPA quando se engana ou, quando por culpa sua, os seus colaboradores tiverem de trabalhar horas extraordinárias, conservará uma imagem positiva junto daqueles de quem o seu sucesso depende.
Mas também aqui, seja moderado. Os constantes pedidos de desculpa podem levar os seus colaboradores ou interlocutores a desconfiar de que se trata de um mero pró-forma e que na realidade não está nada convencido de que a culpa é sua.
Perante uma reclamação, se não quiser conhecer culpas mas quiser pôr o reclamante do seu lado, basta dizer “lamento” e resistir à tentação de acrescentar “mas a culpa não é minha”.
Amaral, Isabel. Imagem e sucesso - Guia de protocolo para empresas. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo


1. Faça um esquema dos requisitos de uma boa imagem.
2. Defina cada um com cerca de 10 palavras.
3. Poste no seu blogue.




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