Se as refeições seguissem um princípio lógico bastaria escolher uma entrada para abrir o apetite, um prato para o satisfazer e uma sobremesa para ajudar a digerir. No entanto, as refeições formais são mais complicadas: serve-se primeiro o prato de peixe e depois o prato de carne, a sobremesa é antecedida de queijos e seguida de café e licores. Muitas vezes antes de se passar à mesa já foram servidos os aperitivos, que, se forem muito abundantes, em vez de abrir matam o apetite…
Na elaboração da ementa devem-se escolher pratos simples mas originais. Por exemplo:
Creme de aves com amêndoa torrada
Crepes de tamboril com salada
Pato à antiga portuguesa
Marquise de chocolate
Morangos silvestres com natas
Uma boa ideia é dar um toque regional à ementa, de acordo com o local em que a refeição for servida. No Alentejo use coentros; em Sintra use queijadas; no Algarve ofereça doces de ovos.
Deve-se ter o cuidado de não oferecer carne de porco nem vinhos a visitantes de países muçulmanos, nem carne de vaca a hindus.
Os aperitivos podem ser gin, whisky, porto e madeira (secos), a que acrescentará, ou não, o inevitável vermute. Como há muito quem não bebe bebidas alcoólicas, deve também ter sumos.
A refeição pode ter um ou dois pratos antecedidos de uma entrada e seguidos de uma sobremesa (doce ou fruta). Os queijos são um bom final de refeição, normalmente acompanhados de vinho do Porto.
O vinho do Porto pode ser servido pelo criado na garrafa de origem, mas se o quiser servir como deve ser, tem de o decantar para uma garrafa de cristal apropriada. Nesse caso, a garrafa deve ser colocada em cima da mesa, à direita do dono da casa. Os convidados devem servir-se a si próprios e entregar a garrafa ao vizinho da direita. A garrafa deve circular no sentido contrário dos ponteiros do relógio até chegar às mãos do dono da casa. As senhoras, em regra, não se servem nem são servidas – em homenagem, penso, aos tempos em que, terminado o jantar, só os homens ficavam na sala, a beber e a fumar.
Mesmo sendo abstémio, não deve recuar que lhe deitem uma gota de porto no seu cálice – para depois o poder levantar (mesmo sem beber), quando chegar a altura dos brindes. É que, dizem os especialistas na matéria, brindar com água dá um grande azar…
Com a entrada e com o peixe ou marisco, serve-se vinho branco fresco.
Com caça, carne e bacalhau, serve-se vinho pinto à temperatura ambiente mas sem nunca exceder os 17, 18ºC. Mas, se os convidados preferirem não fazer misturas de vinhos, podem continuar a beber vinho branco com a carne, ainda que não seja o apropriado.
Com caça, carne e bacalhau, serve-se vinho pinto à temperatura ambiente mas sem nunca exceder os 17, 18ºC. Mas, se os convidados preferirem não fazer misturas de vinhos, podem continuar a beber vinho branco com a carne, ainda que não seja o apropriado.

Amaral, Isabel. Imagem e sucesso - Guia de protocolo para empresas. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo
Esquematize a matéria exposta.
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